domingo, 2 de outubro de 2011

Casamentos consanguíneos em Viamão

Já falei aqui que Genealogia é uma espécie de cachaça. É algo que vicia.

Começamos com nossa curiosidade pessoal, nossos parentes mais próximos. Depois queremos descobrir antepassados mais distantes e nos damos por conta que, para isso, precisamos saber sobre outras famílias também. E descobrimos métodos de trabalho que facilitam nossas descobertas. 

Aí os amigos começam a saber de nosso hobby/paixão/vício e começam a nos perguntar sobre seus parentes. E ficamos curiosos também pelos parentes dos outros.

Pois bem. A família de minha esposa Bianca é quase toda de Viamão; se estivesse em São Paulo eu diria que são famílias de quatrocentões. Afinal, os Fraga, os Vieira, os Cardoso da Silva, são famílias tradicionalíssimas da "Velha Capital". 

Os Antunes de Lima também parecem ser uma dessas famílias, mas sua origem se perdeu. Tenho um forte palpite de que são dos mesmos Antunes de Lima de Lages e Vacaria, pesquisados pelo Luiz Antonio Alves, afinal têm o mesmo tipo físico e os antigos, como os de Vacaria e Lages, eram tropeiros. Mas me faltam dados concretos para estabelecer esta ligação (se é que ela existe). 

Por conta disso resolvi catalogar os casamentos de Viamão no final do século XIX, em busca desta suposta ligação. Ainda não achei a ligação mas tive uma surpresa:
Mais de 30% dos casamentos realizados em Viamão entre 1870 e 1880 eram de contraentes que tinham entre si algum grau próximo de consanguinidade. As dispensas por impedimento de consanguinidade em algum grau ou afinidade lícita eram numerosas. 

Os campeões de casamentos consanguíneos são os Fraga, os Feijó, os Abreu e os Aguiar.
Estes fatos merecem um estudo mais aprofundado por parte dos historiadores. Quem se habilitará a fazê-lo?

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